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Novo ataque a Jonet

por Jorge Ribeiro Mendonça, em 03.04.14

Isabel Jonet esta outra vez no centro de ataque nas redes sociais, por ter dito uma frase em entrevista à Renascença que aqui reproduzo na íntegra “o pior inimigo dos desempregados são as redes sociais. Muitas vezes as pessoas ficam desempregadas e ficam dias e dias inteiros agarradas ao Facebook, ou agarradas a jogos, agarradas a amigos que não existem e vivem uma vida que é uma total ilusão”.

O ponto fundamental da frase não é serem as redes sociais. Digamos que esse é apenas o meio usado atualmente para o verdadeiro problema que Jonet identifica.

E o verdadeiro problema “viver uma vida de ilusão”. O alerta de Jonet prende-se com o deixar de viver uma vida real, com pessoas reais e problemas reais e ficar apenas preso ao ilusório. Podem ser os facebooks, mas também pode ser a televisão, um jogo de computador, ou uma data de coisas que podendo ter uma utilização produtiva e positiva, podem ser usadas para cultivar a solidão e a construção de ilusões sobre ilusões.

Mas o problema das declarações da Jonet, não é o que ela diz, mas o que ela representa. E muitos cavalgam e fazem crescer esta onda por militância ativa contra a visão perfilhada por Jonet, pois acreditam que deve ser o Estado a pôr na mesa das famílias assistidas pelo Banco Alimentar os alimentos que esta instituição distribui e não o Banco Alimentar. Os outros apenas se deixam levar na onda por graçola.

Este novo ataque sobre Jonet, tal como o anterior, tem como linha orientadora um ataque à visão social de Isabel Jonet, ao trabalho em favor da comunidade, ao dar sem esperar receber, à caridade ou amor como critério de distribuição de bens. Tudo o resto, como as suas declarações ou a sua condição social, são pretextos para desferir ataques. 

publicado às 11:12


5 comentários

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De José a 03.04.2014 às 14:27

Não é por nada, mas o facto de eu achar que deve ser o estado que deve assegurar condições de vida aos habitantes de Portugal (porque todos nós pagamos impostos) não impede que eu ache mau o trabalho de Isabel Jonet. O que ela faz é necessário, ainda mais necessário quando temos um estado fraco, incapaz de cumprir os seus objetivos. Por isso continuarei sempre a apoiar o banco Alimentar contra a Fome, tanto pelo que ele representa, como por aquilo que por ele é feito.
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De Jorge Ribeiro Mendonça a 03.04.2014 às 15:00

O Estado vai ser sempre incapaz de suprir todas as necessidades e vai ser sempre necessária a intervenção de outras entidades que consigam chegar onde o Estado não consegue chegar. As empresas, as instituições particulares de solidariedade social, as misericórdias, as igrejas (independentemente do credo que professem), etc. O trabalho do Banco Alimentar é fundamental.
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De Fátima Bento a 03.04.2014 às 16:45

Quando foi da história dos bifes, defendi. Desta vez, não consigo, te todo.
JONET PÔS O PÉ NA BOCA. Não se fala com leviandade do que, me parece, não se conhece - a ponto de não ver que a própria Associação que dirige faz uso da mesma rede social.
Durante quanto mais tempo vamos continuar a perdoar as 'calinadas' da senhora só (e é um só muito grande, mas as pessoas também se escrevem com letra maiúscula, com ou sem emprego) porque está por trás do BACF?
Esta, na minha (e na opinião de tanta gente), foi demais.
E perderam-se voluntários.
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De Maria a 03.04.2014 às 22:07


Uns atacam os reformados outra os desempregados.
Esta senhora, de certeza que não sabe o que é faltar comida na mesa para os filhos.
Mais respeito pelos desempregados.



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De Cip Castro a 04.04.2014 às 10:43

Qualquer um que fale publicamente, ainda para mais quando é uma figura pública, como é o caso, sujeita-se a que os que ouvem não interpretem as palavras com o mesmo sentido com que foram pronunciadas, ou mesmo que aquilo que diz acaba por não ser exatamente aquilo que queria dizer, mas sem por em causa o importante papel social e assistencial, no apoio aos mais carenciados, na verdade esta senhora, tem uma tendência muito grande e frequente, para dizer, na minha modesta opinião, alguns disparates e mais uma vez parece-me o caso.
Será que O MAIOR (ou seja o principal, nas palavras de Isabel Jonet ) INIMIGO dos desempregados são realmente as redes sociais?
O MAIOR INIMIGO não será antes a falta de trabalho e de empregos da atual sociedade em que vivemos?
Para que as pessoas não procurassem "a ilusão e os amigos que não existem", era preciso que existissem mais amigos verdadeiros e uma realidade menos negra.

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